segunda-feira, 6 de maio de 2013

Ele é o meu socorro

Neste fim de semana muitas coisas aconteceram, emoções a mil, a cabeça não parava de pensar, ideias confusas, dificuldade em submergir e respirar, era como se eu estivesse nadando e já cansada procurasse um lugar onde pudesse me apoiar, mas em vão, porque esse porto seguro estava difícil de ser encontrado...
Eu busquei, lutei e nadei com todas as minhas forças, de todos os estilos, até que resolvi boiar, parar com todo aquele esforço e deixar que a maré me levasse para onde eu deveria estar. Deitada de barriga para cima com o sol refletindo forte no rosto, fiquei com a minha visão comprometida e fechei os olhos, já não conseguia mais gritar por socorro, o que também não tinha grande valia já que estava no meio do oceano. 

Completamente entregue e cansada uma voz falou comigo: “Filha até que enfim você se rendeu. Agora deixa comigo, eu estou no controle”. Neste momento uma paz me invadiu e mesmo sem o apoio para os meus pés eu me senti aliviada e descansada, relaxei e todo o stress das horas a deriva no mar se foi e sobre mim sobreveio à calmaria. 

Então aquela voz tão doce e tão encorajadora continuou: “Estou te conduzindo para terra firme, em breve você estará segura, descanse minha filha porque eu te guiarei”. Fiquei feliz porque em breve estaria a salvo e o pesadelo teria fim, me virei e voltei a nadar a fim de acelerar o processo e chegar mais rápido ao meu porto seguro, bati os braços incessantemente e logo o cansaço voltou com a dor e a angústia de estar em meio à imensidão do mar, um olhar mais atento me fez notar que uma tempestade estava sobre mim...

Engoli muita água, e todo o esforço para adiantar o processo foi em vão, pois eu não saia do lugar, estava nadando em círculos e quanto mais eu me debatia mais distante a promessa da terra firme parecia. Percebi então que minhas forças não me levariam a lugar nenhum, exausta me rendi e o mar me submergiu, pouco a pouco a pressão da água sobre a minha cabeça me impulsionava para o fundo e voltar a superfície se tornava algo inimaginável, impossível para uma pessoa tão cansada, me entreguei!

Enquanto rumava para fundo do mar me lembrei da promessa daquela voz que era suave e ao mesmo tempo firme, então com o resquício de força que existia em mim gritei em baixo da água, clamei pelo socorro de Deus, quando tudo parecia impossível, quando nada mais poderia ser feito por mim, eu clamei!
Daqui para frente é preciso fé para compreender o que aconteceu... 

Fui devolvida a superfície, não com o meu esforço, mas algo me levou a respirar novamente e a maré me conduziu a lugar seguro, onde pude firmar os meus pés e caminhar, meu socorro veio do alto e aprendi uma preciosa lição. 

Existem momentos em que devemos agir e bater os braços, mas existem momentos em que a única coisa que devemos fazer é esperar e confiar, boiar e esperar até que Deus nos coloque em um lugar seguro. Quando cheguei à terra firme me levantei e caminhei em busca de ajuda, porque cheguei onde Deus queria que eu estivesse e era ali que a minha parte começava. 

Em terra não fiquei sozinha, meu instrutor permaneceu comigo, orientando e me fazendo confiar que tudo daria certo, mas ali me instruiu a caminhar. 

Caminhe se for para caminhar e boie se for para boiar, escutar a voz de Deus e deixar que ele seja o seu guia é fundamental para se manter a salvo. Mesmo em meio a tempestade se formos obedientes a calma irá nos invadir!

Boa semana para todos!

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